Problemas de quadril em cães: o que é e como tratar
A displasia coxofemoral em cães é uma condição ortopédica comum, especialmente em raças de grande porte, como Pastores Alemães, Labradores e Rottweilers.
Caracterizada pelo desenvolvimento anormal da articulação do quadril, essa doença pode levar a dor, claudicação e até mesmo à incapacidade em casos mais graves.
No texto de hoje vamos abordar as principais intervenções cirúrgicas e terapias alternativas disponíveis.
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O que é Displasia Coxofemoral?
A displasia coxofemoral é uma condição hereditária que ocorre quando a articulação do quadril não se desenvolve corretamente.
O resultado é um encaixe inadequado entre a cabeça do fêmur e o acetábulo.
Isso pode levar a uma série de problemas, como desgaste da cartilagem, inflamação e dor crônica.
Embora a genética desempenhe um papel crucial, fatores ambientais, como dieta inadequada e excesso de peso, também podem agravar a condição.
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Sinais e Diagnóstico
Os sinais clínicos da displasia coxofemoral podem variar dependendo da gravidade da condição e da idade do cão.
Os sintomas comuns incluem dificuldade em se levantar, rigidez após o exercício, claudicação ou “mancar”, e relutância em subir escadas ou pular.
O diagnóstico é feito por meio de exame físico e radiografias, que ajudam a determinar a extensão da displasia e o tratamento mais adequado.
Intervenções Cirúrgicas
Quando a displasia coxofemoral é diagnosticada em estágios avançados, a intervenção cirúrgica pode ser necessária para aliviar a dor e melhorar a mobilidade do animal.
Existem várias opções cirúrgicas disponíveis, cada uma com seus benefícios e considerações.
- Osteotomia Tripla do Quadril (OTQ):
Este procedimento é indicado para cães jovens, geralmente entre 6 e 12 meses de idade, que ainda não desenvolveram artrite grave.
A OTQ envolve a realização de cortes no osso do quadril para reposicionar o acetábulo, permitindo um encaixe melhor da cabeça do fêmur.
Esse procedimento pode prevenir a progressão da displasia e oferecer uma vida mais ativa ao cão.
- Artroplastia de Substituição Total do Quadril:
Em casos mais graves, onde a articulação do quadril já está significativamente comprometida, a substituição total do quadril pode ser a melhor opção.
Esta cirurgia envolve a substituição da articulação danificada por uma prótese artificial, proporcionando alívio imediato da dor e melhorando a mobilidade do cão.
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- Excisão da Cabeça e Pescoço do Fêmur (ECPF):
Esta técnica é geralmente usada em cães menores ou em casos em que a cirurgia de substituição total do quadril não é viável.
A ECPF remove a cabeça e o pescoço do fêmur, criando uma “falsa articulação” que permite que o cão se mova sem dor.
Terapias Alternativas
Além das intervenções cirúrgicas, existem várias terapias alternativas que podem ajudar a gerenciar a displasia coxofemoral.
Terapias alternativas são úteis especialmente em casos menos graves ou em complemento ao tratamento cirúrgico.
- Fisioterapia e Exercícios:
A fisioterapia pode ajudar a fortalecer os músculos ao redor do quadril, melhorar a mobilidade e reduzir a dor.
Exercícios específicos, como natação e caminhada controlada, são altamente recomendados.
- Suplementos Nutricionais:
Suplementos como glucosamina, condroitina e ácidos graxos ômega-3 podem auxiliar na saúde articular, reduzindo a inflamação e promovendo a regeneração da cartilagem.
- Acupuntura e Massagem:
Essas terapias podem proporcionar alívio da dor e melhorar a circulação sanguínea na área afetada, auxiliando na recuperação do cão.
- Controle de Peso:
Manter o peso ideal é fundamental para minimizar o estresse nas articulações.
Uma dieta balanceada e o controle rigoroso da ingestão calórica são essenciais para cães com displasia coxofemoral.
A displasia coxofemoral é uma condição desafiadora para muitos cães e seus tutores. No entanto, com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, é possível proporcionar uma vida ativa e confortável ao seu pet.
Lembre-se, o bem-estar do seu companheiro depende das decisões do seu tutor.
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